Os velhos partidos
Os velhos partidos
Terão os velhos partidos, os dias contados?
Depois do que aconteceu na Grécia, Itália, Espanha, e, no domingo passado, para as eleições presidenciais francesas, em que um dos candidatos que passou à segunda volta, não teve máquina partidária a apoia-lo.
Estarão os eleitores fartos de promessas não cumpridas?
Os velhos partidos meteram os ideais na gaveta, deixaram-se capturar pelo grande capital, pela corrupção, e descuraram a regulação, deixando que a globalização ditasse as regras, criando uma crise, que levou bancos e estados à falência.
Como, na CE, os bancos não podem falir, para não descredibilizar o sistema bancário, o que fez com que os portugueses já tenham pago vinte e um mil milhões de euros, de prejuízos dos bancos, os que mais pagaram, para os bancos, na CE.
São mais vinte e um mil milhões de euros a somar à nossa enormíssima dívida pública.
Ao invés do que aconteceu em 1910, em que a ética republicana não permitia, que os seus defensores se sentassem à mesa do orçamento, fazendo com que alguns morressem à fome, hoje, mal se sentam na cadeira do poder esquecem a ética, e isso fez com que Portugal perdesse muito do dinheiro, que recebeu, da CE, para se modernizar.
Quem é que não viu, milhões de euros para empresas, sindicatos e outros, que se candidataram a fundo perdido, desviados para carros de luxo, casas, etc.
Com esta CE, em que os políticos não ouvem quem os elege, fechando-se nas suas redomas, onde gizam condecorações e mordomias, para distribuírem entre eles, ainda será possível a sua regeneração, fazendo com que os eleitores não entreguem o poder a quem quer acabar com setenta anos de progresso?
José Silva Costa