O Império
Império - As teias que o Império teceu
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O exército de Gungunhana continuou a resistir à autoridade colonial, sob a liderança de Maguiguane Cossa, que só foi derrotado a 21 de Julho de 1897, em Macontene (a 10 km do Chibuto). Com esta vitória, a autoridade colonial foi finalmente estabelecida no sul de Moçambique.
Companhia do Niassa e a ocupação de Cabo Delgado e Niassa
A Companhia do Niassa foi formada por alvará régio de 1890, com poderes para administrar as actuais províncias de Cabo Delgado e Niassa, desde o rio Rovuma ao rio Lúrio e do Oceano Índico ao Lago Niassa, numa extensão de mais de 160 mil km². Com o apoio dum pequeno exército fornecido pela administração colonial, formado por 300 "soldados regulares" (leia-se portugueses) e 2800 "sipaios" (indígenas recrutados noutras regiões de Moçambique), a Companhia tentou ocupar militarmente o território a partir de 1899. Teve imediato êxito na conquista das terras do Chefe Mataca (ver Os Estados Ajaua, acima), que tinha abandonado a sua sede, e assegurar uma posição militar em Metarica, no Niassa. Em 1900 e 1902, tomou Messumba e Metangula, nas margens do Lago Niassa.
Durante a Primeira Guerra Mundial, o território da Companhia foi palco de várias operações de resistência por parte dos chefes locais e invadido pelos alemães (ver Triângulo de Quionga). Para resistir a essa invasão, foi aberta uma estrada de mais de 300 km, entre Mocímboa do Rovuma e Porto Amélia (actual Pemba), o que significou a ocupação efectiva do planalto de Mueda; no entanto, só em 1920 a Companhia conseguiu assegurar essa ocupação, depois de várias operações militares contra os macondes, fortemente armados. Como se verá mais tarde, esta tribo foi um dos primeiros e principais suportes da Luta Armada de Libertação Nacional.
Em 1929 extingue-se a Companhia do Niassa, passando o território para a administração directa do governo colonial. No entanto, as estruturas administrativas, na forma de circunscrições e regulados, asseguradas por agentes do Estado, já tinham sido implantadas em grande parte do território.
Em Angola, o Governador vivia dias de felicidade, desde que a filha mais velha se juntara ao Leopoldo, que esperava que lhe dessem uma neta ou neto
Poucos meses depois, o jovem casal anunciou que a Mité estava gravida, o que fez com que o Governador transborda-se de felicidade. Agora sim, as filhas estavam no bom caminho, tinham deixado de se considerarem muito importantes, aceitando os pretendentes, que juravam amá-las, mesmo que não fossem os príncipes encantados que elas tinham imaginado
Ainda faltavam as outras quatro, mas se um terço já tinha companhia, os outros dois terços, mais tarde ou mais cedo, também a arranjaria, essa era a sua grande esperança, para que um dia tivesse a casa cheia de netas e netos, repleta de alegria
O luto pela mulher, que tanto amava e que lhe deixou seis bonitas flores, a dor da sua partida, na flor da idade, no parto da última filha, para ele era para sempre, mas tinha de transmitir às filhas, que a vida também tinha dias de alegria.
Continua