O Império
O Império – As teias que o Império teceu
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Falhada a tentativa, da pequena comitiva dos brasileiros, de avisarem o comandante do Forte de Massangano, da chegada de reforços com o propósito de expulsarem os holandeses, da cidade de Luanda, e retomarem o negócio da escravatura. O Forte continuava a resistir ao cerco, ordenado pela rainha Jinga, soberana do reino de Matamba, no leste de Angola, que comandava uma horda de guerrilheiros canibais, os jagas, habilidosos na luta com machadinhas
Jinga teve uma vida longa ( 1581 a 1663 ) era conhecida pela luxúria e perversidade
Possuía um harém de homens, dispostos a morrerem por ela, que viviam do roubo, vitimando diversas tribos
A vida no Forte estava a tornar-se muito difícil. O cerco já durava há muito tempo, e não viam maneira dos jagas se irem embora.
Não sabiam nada do que se passava na colónia, nem sequer o que se passava em Luanda, que era o que interessava mais, por ser onde os holandeses se tinham instalado
Salvador de Sá enviou três emissários para negociarem a rendição dos holandeses
Mas, estes não hastearam a bandeira branca
Colocou os seus oitocentos soldados e mais 200 marinheiros a fazerem fila na praia, para impressionar os holandeses
Na madrugada de 17 de agosto de 1648, cinco dias depois de chegar a Luanda, mandou os seus homens avançarem contra os holandeses, depois de ter destruído, os seus canhões, com a artilharia brasileira
Quando o sol raiou, 150 dos 400 brasileiros estavam mortos, do lado dos holandeses, apenas 3 mortos e 8 feridos
Mas, com os canhões destruídos, os holandeses pediram a paz
Deixaram Luanda, e os postos avançados de Cuanza e Benguela, levando na bagagem os escravos propriedade da Companhia Holandesa
Deixaram os jagas armados até aos dentes, para oferecerem resistência aos colonizadores.
(fonte: civilizacoesafricanas.blogs.pt)
Continua.