O futuro!
Que futuro!
No calor do Verão, cozes o pão
Tens a vida em suspensão
Sem saberes o que vai acontecer
Se a empresa vai ou não fechar
Ninguém sabe com o que contar
Esta pandemia veio-nos desafiar
E, tu continuas determinada
A aproveitá-la para uma nova caminhada
Não ficaste três meses confinada
Para que tudo fique na mesma: sem nada
A mesma tristeza, a mesma pobreza, a mesma incerteza
Queres aproveitar para o Mundo mudar
Dizes que alguém tem de começar, não podemos mais esperar!
Não queres mais correrias sem sentido, para um trabalho vazio
Queres fazer qualquer coisa que seja útil, em que te sintas realizada
No futuro, não queres continuar a fazer coisas que não servem para nada
Quando há tanta falta de coisas indispensáveis, para toda a gente
Queres correr atrás de um sonho!
Então, tens de o fazer agora, enquanto as pernas correm
Para o, poderes agarrar
Porque com os anos as pernas começam a pedir para descansar
E, os sonhos vão morrendo devagar.
José Silva Costa