O ano
Ainda estás a gatinhar
Oito dias, tão pouco tempo!
E, por todo o lado, um sopro de vento
Que, mais uma vez, nos chega de França
Mas, tu ainda és uma criança!
Porque, assim apressado, avanças?
Baralhando passado com presente
Sem quereres saber do futuro
Parece, quereres, resolver tudo
Sei, que vão, haver eleições
Mas, tantas obras, tantos milhões!
Vais fazer tudo o que os teus antecessores não fizeram em décadas:
Escola Alexandre Herculano, Ala pediátrica do São João, aeroportos de Lisboa e Montijo, barcos para a Transtejo, comboios …………….
Mas, quantas, do papel, passarão?
Guerras das audições!
O Presidente telefonou a todos os apresentadores das televisões
Desejando-lhes felicitações
Os bandidos a quererem dar-nos lições
Aos políticos faltam soluções
Sim, no teu ano, o futuro está nas nossas mãos
Mas, nós não temos nenhuma bola de cristal
Que nos ajude a decidir
E, aqueles que nos querem representar
Estão fartos de nos enganar
Como é que querem que os perdoemos?
Só nos resta, irmos todos votar
Para lhes mostar, que não basta o ponto picar
É preciso trabalhar!
E, nós nunca nos furtaremos aos nossos deveres.
José Silva Costa