Não temos emenda!
Não temos emenda!
A balança comercial voltou ao vermelho
Com a crise conseguimos exportar mais do que o que importávamos
Mas, infelizmente, foi sol de pouca dura
Mal nos afrouxaram o cinto, o consumismo disparou
Os standes não têm carros para entrega
Têm grandes listas de espera
As fábricas de automóveis voltam a ter de, vinte e quatro horas, trabalhar
Para ver se conseguem, fabricar carros para, as encomendas, satisfazer
As agências de viagem já não conseguem arranjar destinos, está tudo esgotado
Vendem-se casas, cada vez mais casas, não falta dinheiro, nem que seja emprestado!
As casas para venda estão a acabar, à que aproveitar!
Os vendedores de dinheiro esfregam as mãos de contentes
Voltámos a ser ricos, como no princípio do século
Vamos ver quanto tempo dura a euforia
Não pode durar muito, mais dia, menos dia vão chorar no ombro da DECO
Pedindo que faça milagres!
Não sabem ou não querem fazer contas?
Aproveitem bem a onda dos juros baixos
Peçam a todos os santinhos, para que a inflação não chegue aos dois por cento
Se não o Banco Central Europeu sobe os juros
Terão de apertar o cinto, de novo, mais uns furos
Está na massa do sangue!
“ Quando a cabeça não funciona, o corpo é que paga”.
José Silva Costa