09
Abr16
Lisboa
cheia
Lisboa, não te chegues perto do cais
O rio não tem mais sorrisos nem ais
E tu sabes que ficas e vais.
Vais para onde os turistas te levarem
Por terra, ar ou mar
Com o teu espreguiçar e amanhecer
Com as tuas flores, odores e tudo mais.
No futuro vão ser sempre mais
As flores a querem subir aos cais
De onde os séculos partiram
Para não voltarem mais
Perderam para sempre os teus cais
Aventuraram-se demais
Empurrados pelo brilho dos teus sais
Na esperança de voltarem
A receber mais flores
Sempre com mais cores.