Emigrantes!
No paraíso!
A pressa que deu em vagar
A tomada de posse, do Governo, a patinar
A tomada de posse dos novos deputados
à espera dos emigrantes que queiram, novamente, votar
Neste país, é esperar de tudo!
Acordos de cavalheiros para as leis violarem
Oitenta por cento dos votos do círculo da Europa para o lixo
Isto não é nenhum conflito
É o habitual, mesmo que haja quem ache esquisito
Foi um grito no infinito
De alguém muito aflito
Que julga que este país é um palito
Sem rei, nem roque
O que é preciso é sorte
Que nunca se perca o norte
Há sempre quem encontre o lote
E quem faça o porte
De defender o desnorte
Dizendo bem da má morte
De um perfume bem forte
Capaz de embebedar a consorte
Para que esteja, sempre, de acordo
Mesmo que o país marque passo
Porque os mandantes se portam como miúdos
Todos os disparates são normalidades
Nunca há responsabilidades
Mais mês, mais ano, tanto faz
Melhorar, para quê?
Se mostraram estarem felizes e contentes
Para quê, serem exigentes?
Se as promessas foram tão eficientes
Não precisamos de novas mentes!
José Silva Costa