Domingo de Maio
O último domingo de Maio
Fomos votar
À tardinha, pela fresquinha
Aproveitámos para caminhar
De onde votamos vê-se o mar
Depois, as pernas pediram para descansar
Estavam cansadas de décadas a andar
Sentámo-nos junto a um parque infantil
Para saborearmos o último Domingo de Maio
Onde as mulheres e homens de amanhã testavam a testar as aptidões
Ficámos a comtempla-los, e a ver o mar e o sol
O sol foi descendo devagarinho até se afogar, no mar
Mas antes lacrimejou como que a dizer-nos adeus
Prometendo voltar dentro de um quarto e meio do dia
No lado oposto, pujante e brilhante
Para ir subindo e aquecendo, ao longo do dia
Resta-nos menos de um mês para o vermos, mais uns minutos, aumentar
Depois vai diminuindo até o inverno chegar
Temos o privilégio de vê-lo nascer a esfregar os olhos, antes de aparecer na totalidade
E à tarde, com tempo para vestir o pijama, antes de se deitar, no mar
Enquanto, que no Equador nasce e põe-se instantaneamente.
José Silva Costa