Dia de Portugal
Dia de Portugal
Um povo sonhador e aventureiro
Que não cabe no sei canteiro
Tem, sempre, de andar a deambular, pelo mundo inteiro
Perdeu o império, mas não ficou prisioneiro
Virou-se para o seu Continente, mas continua insatisfeito
A terra não o satisfaz por inteiro
No mar, nessa estrada sem fim, é pioneiro
Tem um mar imenso, mas contínua sem bússola nem roteiro
Quando não há borrasca, corta as amarras e segue lampeiro
Tem muito por onde navegar, mas não consegue encontrar o rumo
Nesta pandemia fez das tripas coração, surpreendeu o Mundo
Diz que é desta que vai aproveitar a sua terra e o seu mar
Fazendo com que o retângulo fique equilibrado
Criando condições para que todo o país seja ocupado
Não vá o barco tombar, fazendo com que tudo vá ao lado
É preciso acabar com os guetos à volta das grandes cidades
No teletrabalho, podemos estar em qualquer lado
Não podemos é estar abandonado!
Um país tão pequeno e tão desequilibrado
Fruto de ser, por incapazes, governado
O que, infelizmente, tem acontecido ao longo dos séculos
Imploro ao escolhido consultor
Que dizem ser um bom gestor, com visão!
Que abra a cabeça aos políticos
Para que olhem para todo o país
Que com uma dívida pública de 135%, só pode ser infeliz
Um país inviável, que o mais certo é voltar, mais uma vez, à falência
Que não se fiquem pelos remendos, clientelas, vozes do passado
Que se contentariam com 3 Auto europas
Quando o que nós menos precisamos é estar dependentes de setores
Que de um momento para o outro podem colapsar
Como nos aconteceu, agora, com o turismo
O país precisa de um plano de raiz
Um plano integrado, bem pensado
Para a agricultura, para as pescas, para as energias, para as comunicações……
Que nalguns aspetos deveria ser conjugado com os nossos vizinhos espanhóis
Como o comércio de eletricidade, que não se pode armazenar
A bitola ibérica, para que os comboios, a Europa, possam percorrer
Vamos ver o que é que os interesses dos políticos deixam fazer.
José Silva Costa
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