Contas
Contas
O Outono é, sempre, suave e doce
Mesmo que, este ano, seja um inferno
Não pode haver céu!
Quando o medo, a insegurança nos toldam o olhar
Vamos tentar levá-lo até ao fim
Falta pouco mais de um mês
Depois, pedimos contas ao que vier
Porque este é para esquecer
Mas não tenhamos ilusões!
Temos de, desde já, começar a fazer provisões
Não nos deixemos, pelas estrelinhas, embebedar
Porque estes tempos vão passar
A Natureza está a avisar!
Não podemos fingir que tudo vai ficar bem
Porque algumas coisas vão mudar
E, nada melhor que o antecipar
Para minorar o que muito nos vai custar
Ver o desemprego a galopar
As empresas a desaparecerem
E nós, na crista da onda, sem saber para onde remar.
José Silva Costa