A beleza
A beleza
Na leveza da pureza
Vejo a tua beleza
Esses olhos, verdes, de amêndoa doce
Cintilantes, são uma atração permanente
Quem me dera passar todo o tempo
A beber o perfume dos teus lábios de romã, rosa, amora
Por quem os meus choram a toda a hora
Esse teu perfume, que me inebria os sentidos
Irresistíveis são, também, os fornicoques dos teus vestidos
Nesse desafio que teimas em manter com a lua
Para ver quem mais ilumina a rua nua
Quem mais brilho irradia, se tu, se a lua
Nessas disputas que embebedam os amantes
Nas casas fechadas, de luzes apagadas
Que em delírio prometem amor eterno
Nós, já não precisamos de velas, nem rezas
Nem de falsas promessas
Já nos conhecemos do direito e do avesso
Para mim serás, sempre, a mais misteriosa
A mais bonita rosa
A companheira mais formosa.
José Silva Costa