O desgoverno dos governos
Em cada ano que termina, contentamo-nos a desejar que o próximo seja melhor. Temos de exigir que o fosso entre ricos e pobres diminua, que não sejam, só, os mais pobres a contribuírem para a redução do défice, sem actualização dos vencimentos, ou com aumentos abaixo da inflação. Para o ano os partidos vão ver a sua subvenção aumentada cerca de seis por cento, muito acima da inflação esperada. Uma vez que recebem uma percentagem sobre os votos expressos. Proponho que, nas próximas eleições, votemos todos em branco, para que esses senhores também conheçam o sabor da redução dos rendimentos, e, assim se apercebam de que não nos enganam com a propaganda de que vivemos no paraíso. Uns prometeram reduzir o número de deputados, os outros acabar com os Governadores Civis e baixar os impostos. Temos os mesmos deputados que tínhamos antes de termos mais umas dezenas em Estrasburgo, os Governadores Civis não desapareceram e os impostos subiram. Se não nos unirmos, se não formos capazes de lhes dar uma lição, vamos continuar a ser espezinhados e humilhados pelos seus sorrisos.
José Silva Costa