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27
Jun22

Flores!

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Flores, 2022!

As tenras flores

Só querem amor

Crescer sem, violência, sofrer

A quem, alguns continuam a bater

Sabendo que não se podem defender

Não pediram para nascer

Querem ser homem ou mulher

Livres, para a vida entender

Quão difícil é crescer

No meio de tanta violência

Não só pela vizinhança

Mas, até por quem lhe deve segurança

Como é possível tanta vingança!

Tanta miséria e tanta ganância

A miserável imoralidade

De quem é capaz de uma flor matar

Por causa de uma dívida de serviços de bruxaria

Como é que ainda há quem acredite em bruxas!

Como vamos reduzir a violência?

Como vamos diminuir a violência doméstica?

Hoje, mata-se por dá cá aquela palha

Como se a vida não fosse o único bem que temos

Por mais comissões de acompanhamento que criem

Enquanto a opinião pública tolerar a violência

Seja no desporto, no trânsito, por todo o lado

A violência não vai diminuir

Se a sociedade, contra ela, não se unir

O que não pode acontecer é continuar a fingir

Que não há violência, que está tudo bem.

José Silva Costa

 

 

 

 

20
Jun22

Dias de sol!

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Dias de sol

Longos dias de sol e rosas floridas

Perfume lilás a rodopiar entre as vidas

São os bonitos dias da primavera, nas despedidas

Que estão mesmo a chegar ao fim as horas perdidas

A ver o sol a nascer, subir e descer até o mar o levar para outras partidas

Passaram a correr, com o sol a subir, a lua a dormir, nas nuvens sumidas

Não conseguiste, no mundo, sarar as feridas

Bem te esforçaste, mas os homens não podem passar sem atrocidades desmedidas

Como é que as flores não hão-de-estar tristes, chorosas, sentidas!

Tanto perfume derramado, tanto sorriso encantado, para tantas crueldades consentidas

Como se destruir, matar, roubar, um vizinho invadir fossem coisas permitidas!

Como é que há pessoas e nações que apoiam conturbações, enquanto as outras se sentem ofendidas?

Uma primavera dolorosa, não só pela pandemia, mas também por causa de uma nova guerra, ambas incompreendidas

Queriam que ficasses alheia ao que te rodeia e às brutais medidas

Que o senhor da guerra impôs a todos os povos que se revoltaram contra as suas novas investidas

Para o ano, esperamos que as tuas cores sejam de paz e nações unidas

Os povos não precisavam de tanta destruição e vidas tão sofridas

Há povos a quem a liberdade e a nacionalidade são, por um preço muito alto, vendidas

São com a vida, a expulsão, a mutilação, o exilio, a fome, defendidas

Como é bom ver, todos os anos, a lua e a primavera, de novas cores, vestidas

Devido ao aquecimento global, usam as roupas cada vez mais subidas

Uma tendência a copiar para a sustentabilidade não passar de palavras falidas

Não custa nada dizer que somos contra a poluição, mas quando o custo dos combustíveis se torna insuportável, lá se vai o charme das manifestações, por um mundo sustentável, nas avenidas

Se queremos ar respirável e água potável, temos muito que inovar, se calhar não podemos tanto viajar, nem tudo comprar, para o nosso bem-estar, a quem não sabe o que são os direitos humanos, para onde deslocalizámos as nossas fábricas, não querendo saber por quem e como são fabricadas as coisas escolhidas.

José Silva Costa  

 

 

 

 

 

13
Jun22

Santo António!

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Santo António

Santo António, Santo casamenteiro

Quantos noivos sonham contigo o ano inteiro!

E pedem que abençoes as suas vidas por inteiro

Enchendo de esmolas o teu mealheiro

Confirmando a tua fama de Santo milagreiro

Um Santo adorado por quem pisa o terreiro

Em noites de marchas populares e folia

Quando as madrugadas são curtas e entram pelo dia

E, a multidão por muito que esteja cansada não perde a alegria

Nos bairros populares dança-se até ser dia

O cheiro a sardinhas assadas e a manjericos é esguio

Cada marcha mostra o seu poderio

Todas querem ficar em primeiro lugar

São meses e meses de muito trabalho a fio

Tudo se decide na apresentação no pavilhão

O desfile na Avenida tem, como maior observador, o rio

Que não vota, nem promete nada, é parcial

Há pedidos de impugnação em tribunal

Mas ninguém leva a mal

Todos gostavam de ganhar

É duro, todo o ano ensaiar

Todos os bairros querem brilhar

Sonham beijar o luar

E, ao seu Santo padroeiro rezar

Para agradecerem o que os tem ajudado a fazer

Para o ano querem, todos, voltar a concorrer

Enquanto houver Santo António

Lisboa vai ver, na avenida, marchantes a desfilar.

José Silva Costa

 

06
Jun22

Rosas!

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Rosas!

 

Rosas da Primavera

Que o tempo leva

Na flor da vida, uma

Princesa dessa era

Por que o tempo não espera

Vai-se com ele o brilho

Mas fica a sabedoria

De como roda a nossa esfera

Dos encantos passados

Ficam os rebentos, amados

Que darão os frutos

Na bonita idade das flores

Colhê-los, no embranquecer

É a recompensa de tanta dor

É a ajuda para um entardecer

Acompanhado das rosas do futuro.

 

José Silva Costa

02
Jun22

Guerras!

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Guerras!

Há quem não tolere guerras

Que ache que a Ucrânia devia ter sido entregue ao invasor, sem resistência

Teria sido uma boa oportunidade para premiar o invasor

Por ser um exemplo no cumprimento das leis que regulam as guerras

Tanto assim, que não está em guerra com a Ucrânia

É uma operação especial para, a Ucrânia, libertar!

A prova provada de que o Putin é incapaz de fazer guerra seja a quem for

Gosta mais de anexar os territórios, que a cobiça não o deixa descansar

Não gosta de mortes nem de destruição

Nos ataques só usa armas de alta precisão

Para não atingir habitações nem civis

Só tem atingido alvos militares

Os soldados russos ainda não mataram crianças, mulheres, nem homens civis, nem violaram nenhuma mulher

Não roubaram nenhuma casa, nem enviaram toneladas de material furtado, para a Rússia 

A única coisa que Putin quer é criar uma Eurásia de Lisboa a Vladivostok

E segundo os seus admiradores não se deve contrariar o senhor

Porque ele não gosta de ser contrariado, e diz-se o mais bem armado

A sua lei é a lei da bala

O que muito honra os seus admiradores

Está muito preocupado com a fome no mundo

Já disse que se fizerem o que ele quer, podem ir carregar o trigo

Como se vê, desde que todos se verguem ao poder do Putin, o mundo pode ser uma bonita flor

Diz que as sanções estão a prejudicar o povo russo

Mas, a sua operação de libertação, ainda não prejudicou ninguém

Comparam o imperialismo americano com o russo

Mas, esquecem-se de dizer que um imperador é eleito e o outro alterou as leis para não o apearem

Os admiradores de tão boa pessoa devem propor que lhe seja atribuído o prémio Nobel da Paz.

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

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