Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

cheia

cheia

25
Jun21

Sevilha

cheia

Sevilha

O desconfinamento não avança

Avança a invasão a Sevilha

Vamos todos ver as sevilhanas

Fazer sapateado

Ninguém precisa de, em Lisboa, ficar fechado

Tem é de estar testado ou vacinado

O vírus está dominado

Todos para Sevilha, sem cadeado

Tudo, ao poder redondo, está rendido

Ninguém se sinta ofendido

Porque o vírus está vencido

O Sol benzido

E, o país anda muito distraído

Aproveitemos esta boa onda

Enquanto a bola rola

Depois, vem a dura fatura

Enquanto o pau vai e vêm, folgam as costas.

José Silva Costa

 

 

25
Jun21

Savana

cheia

Savana

“ O Perfume da Savana” é um romance, do autor do blog “ o Sítio do Corvo”

Muitos parabéns para o autor

Que com muito amor

Conseguiu captar a vida e o perfume da savana

Um perfume, que só ela tem

Este é o seu primeiro livro

Mas, já outro tem: “ A Mulher do Capitão”

Quem lê o seu blog, sabe que gosta de escrever

Gosta muito de nos surpreender

Com a maneira como, o quotidiano, ver.

 

José Silva Costa

21
Jun21

Férias

cheia

Férias!

 

Verão, sol, praia, férias

Encontros, convívios, arraiais

Mas, este ano, não!

Temos de esperar por melhor ocasião

Melhores dias virão

Não vale a pena acelerar o coração

As coisas são o que são

Tudo o que não está na nossa mão

Não vale contestação

O melhor é aceitar, com ou sem satisfação

Porque tudo não passa duma ilusão

Até o que pensamos ter seguro, na mão

A vida é a nossa canção

Melodia do dia adia

Cantada em cada solução

Inventada na madrugada

Quando a cidade está deitada

E, a nossa sombra é apanhada

No fim de cada estrada

Há, sempre, flores, amores, mais nada!

José Silva Costa

 

 

 

 

14
Jun21

Verão!

cheia

Verão

Verão, um tempo de descontração!

Este ano andamos em contramão

Não podemos atirar a toalha ao chão

Mesmo que pareça ilusão

Estamos numa difícil situação

O bicho não quer que saíamos da “prisão”

Por isso, temos de cumprir as regras

Para não lhe darmos razão

O que ele quer é dar-nos a mão

Mas, nós não queremos confusão

Queremos, aos amigos, apertar a mão

Mesmo que ainda não seja neste verão

Vamos combatê-lo até à exaustão

Para podermos sair sem a pressão

De ter medo da multidão

De andar sempre de máscara

Até no pino do verão!

Quando o habitual era apanhar um escaldão

Mas, estamos quase a sair desta escuridão

Esperemos que quando, acabar, a vacinação

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

10
Jun21

Sul!

cheia

Sul

Meu sul azul, dourado, maduro

Agora, por todos, tão procurado

Mas, em tempos, muito abandonado

A um mar, de loiras espigas, atado

Um chão regado de suor salgado

No pó da planície embrenhado

Celeiro de Portugal, forçado

Graças à força dum povo indomado

Tantas vezes ameaçado

Mas, nunca vergado

Por mais que estivesse esfomeado

Não batia palmas a um Estado detestado

Por mais que fosse castigado

Ninguém lhe tirava o cajado

Com que guardava o gado

Na planície ou no montado

Agarrado à rabiça do arado

Na ceifa era empolgado

A adiafa era o momento mais desejado.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

07
Jun21

Flores!

cheia

Flores

 

Vamos pelos campos

Colher o último perfume da Primavera

Apanhar flores para colocar no teu cabelo

Que o perfume torna ainda mais belo

Perfumar o firmamento

Fixar para sempre este momento

Com uma fotografia para prender o tempo

Roubar sonhos ao vento

Que nos envolve ao relento

Como se fossemos uma cápsula em movimento

Os teus lábios são a fonte onde bebo, sedento

Todo o amor do meu contentamento

Nos teus olhos deito o pensamento

Fragrância que é meu alimento

Nos teus braços ardo em fogo lento

Motivo de muito alento

Que nos prede por fora e por dentro

Como se fossemos um só elemento

Meu amor, meu advento.

 

José Silva Costa

 

 

03
Jun21

Amor & Guerra (29)

cheia

Amor & guerra (29)

A Bárbara e a Sara tinham, finalmente, deixado Angola. Viajaram para Lisboa, na Europa

Compraram um andar, nas avenidas novas. Estavam a adaptar-se muito bem à nova vida, mas continuavam muito tristes, por terem perdido o Firmino

Assim que compraram o andar, escreveram aos pais do Firmino, dizendo-lhes que tinham feito boa viagem e que tinham muitas saudades deles

Se um dia necessitassem, teriam uma casa ao seu dispor, só precisavam de tomarem nota da morada

A 24 de Abril de 1975, um ano depois da revolução, realizaram-se as primeiras eleições livres, para a Assembleia Constituinte, foram as mais concorridas de sempre

O golpe de 25 de novembro de 1975, onde se perderam quatro vidas, terá sido para mudar o rumo dos trabalhos dos deputados, na Assembleia da República, para que elaborassem uma Constituição mais à esquerda 

Um ano depois, a 2 de Abril de 1976, foi aprovada a Constituição, por todos o Partidos, com exceção do CDS.

A Bárbara e a Sara estavam encantadas com Lisboa, parecia que queriam descobrir todos os seus encantos, num dia

Deixaram Luanda, depois do ano letivo ter terminado. A Sara já se tinha matriculado na escola, que iria frequentar, em Lisboa

Como tinham uma boa situação económica, decidiram aproveitar as férias escolares, para descobrirem, juntas, Portugal

Começaram pelo Castelo de São Jorge, onde ficaram encantadas com a vista sobre Lisboa, de seguida apanharam um táxi para a Praça do Comércio, para além dos prédios antigos, não acharam que fosse nada de especial: estava repleta de carros estacionados

Com o mapa da cidade nas mãos, queriam percorre-la de lés-a-lés, seguiram junto ao rio, mas tiveram de deixa-lo, porque queriam subir o elevador da Bica, ver o Bairro Alto, descer o elevador da Glória, não faltava que ver!

O Carlos, devido ao seu bom desempenho, como telefonista, foi convidado para fazer um curso de formação, para rececionista, a fim de estar preparado para informar os clientes, onde se dirigirem para tratarem dos diversos assuntos

Ele e a Miquelina estavam muito orgulhosos do filho, que estava sempre no quadro de honra da escola, fazendo com que a mãe, que trabalhava na escola, estivesse constantemente a ser felicitada pelas suas colegas e pelos professores

Em Angola, à medida que a data da independência se aproximava, a luta pelo poder aumentava, dando origem a mais violência, fazendo com que muitos decidissem que não podiam continuar em Angola.

Os pais e o irmão do Firmino já estavam arrependidos de não terem aceitado o convite da Bárbara, para a acompanharem, quando decidiu ir com a filha, para Lisboa

Acabaram por decidir, à última hora, também deixar Angola. Deixaram para trás tudo o que tinham, foram para o aeroporto, onde estiveram três dias, antes que conseguissem um voo, para Lisboa

Foi precisa uma gigantesca operação para conseguir trazer para Portugal, todos os que não queriam continuar em Angola. Foi uma ponte aérea, que durou mais de 80 dias, a uma média de 4.000 pessoas por dia.  

 

Continua.

 

 

 

01
Jun21

Junho

cheia

Junho

Bem-vindo o verão

A quente estação

A praia à mão

A ceifa do pão

Dá-me a tua mão

Vamos ouvir a canção

Na liberdade da emoção

Abraço o teu coração

Os teus beijos são o meu pão

No silêncio da paixão

Apanhamos as flores

Sem hesitação

Sustemos a respiração

Para não irmos em contra-mão

No fulgor da ação

Abraçamos a sensação

De que tudo é ilusão

Não existe a comunhão

A única exceção

É a nossa união.

 

José Silva Costa

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D
  170. 2011
  171. J
  172. F
  173. M
  174. A
  175. M
  176. J
  177. J
  178. A
  179. S
  180. O
  181. N
  182. D
  183. 2010
  184. J
  185. F
  186. M
  187. A
  188. M
  189. J
  190. J
  191. A
  192. S
  193. O
  194. N
  195. D
  196. 2009
  197. J
  198. F
  199. M
  200. A
  201. M
  202. J
  203. J
  204. A
  205. S
  206. O
  207. N
  208. D
  209. 2008
  210. J
  211. F
  212. M
  213. A
  214. M
  215. J
  216. J
  217. A
  218. S
  219. O
  220. N
  221. D
  222. 2007
  223. J
  224. F
  225. M
  226. A
  227. M
  228. J
  229. J
  230. A
  231. S
  232. O
  233. N
  234. D

Em destaque no SAPO Blogs
pub