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cheia

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29
Abr21

Lua!

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A despedida

 

Hoje, vestiste a mais bela camisa de dormir

Ao teu encanto ninguém consegue resistir

Mal apareceste, já te vieste despedir!

Hoje, as nuvens não conseguiram ofuscar o teu sorrir

Há três noites que não me deixas dormir

Por mais que queira fechar os olhos

O teu brilho consegue os abrir

Fico triste por te ver partir

Mas, viver assim, não ia conseguir!

O meu corpo não ia resistir

Passar as noites a ver-te florir

E, todo eu, a arder, na varanda

E, tu a prenderes-me, como fosses minha ama

Há milhões de anos com a mesma fama!

De todos encantares, seja dentro ou fora da cama.

 

José Silva Costa

 

 

 

27
Abr21

"Super Lua"

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"Super Lua"

Na encantadora madrugada

No céu brilhava uma "super lua" ensonada

Porque as nuvens, com inveja, toldaram-lhe o brilho

Colocaram-lhe um véu no rosto

Mesmo assim, parecia um luar de Agosto

Foi um enorme gosto

Ver-te assim, nesse encanto esplendoroso

Que este ano, só nos proporcionas duas vezes!

 Com o habitual visual, nos outros dez meses

Vais-me acompanhar todas as madrugadas

Iluminar estas insónias, desgraçadas

Que não me deixam sossegar

O peso dos anos, o sono querem espantar

Enquanto não conseguem com ele acabar

Mas, tenho o privilégio de todas as noites te beijar!

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

25
Abr21

25, de Abril de 2021

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25, de Abril de 2021

No quadragésimo sétimo aniversário do 25, de Abril de 1974, mais um cravo vai florir

Um sonho que, como todos os sonhos, se vai desvanecendo com o acumular dos anos

Um século depois, os mesmos erros, como que a caminhar ao encontro de um novo salvador da pátria

Como se alguém nos pudesse salvar! A nossa salvação está na nossa união, na força da nossa imaginação, no nosso trabalho, honesto, na alavanca da Educação, que é a maior riqueza de qualquer Nação

Depois de 47 anos continuamos com as mesmas desigualdades, com milhões de pobres, sem ilusões, a verem os políticos a mamarem na teta do Orçamento, como dantes, a enriquecerem 

Com os nossos representantes, na Assembleia da República, a declararem moradas falsas, para receberem mais uns cobres

Todos os dias, os charlatões nos vendem ilusões de milhões

Mas, infelizmente, todos os dias tropeço em pessoas a viverem em papelões

Todos os dias há notícias de muitas, muitas corrupções

Algumas praticadas por os que enchem a boca com a ética republicana

Palavras contrariadas pela prática das ações

Somos um país com a mania das grandezas, de esquemas para esconder a miséria

Sempre de mão estendida, todos dias vamos aos mercados, pedir dinheiro emprestado

Somos os primeiros a apresentar projetos, em Bruxelas, para díspar a bazuca

Quando é para estender a mão, somos, sempre, os primeiros

Foram muitas as espetativa , mas infelizmente, são muitas mais as desilusões

Quem ouve os nossos governantes, parece que estamos no paraíso

Mas, nas estatísticas continuamos na cauda da Europa

Quando são indiciados por corrupção, assobiam para a continuação

Sempre com a mesma lengalenga, da consciência tranquila

A justiça não funciona, e a nação, cada vez, mais se afoga

Só não cairemos noutra ditadura, se Europa nos Governar.

 

José Silva Costa

 

23
Abr21

Primavera!

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Primavera

Acordo com o chilrear da passarada

Fervilha o amor na madrugada saudada

As aves levantam-se cedo, nesta temporada

Com os ninhos construídos, é tempo de galar a namorada

Para que os ovos sejam as sementes da nova ninhada

Os campos são jardins floridos, com os ninhos na fachada

Há um perfume intenso, à espera do sol, que brilha à sua chegada

É o esplendor do nascimento de mais uma madrugada

A Natureza está linda, chora e ri, está bem regada!

Muito gosta de estar bem lavada!

Depois da longa noite de Inverno ensonada

Na fria espera de que o sol vá subindo até aquecer a terra, amada

Um tempo parado, corpos hibernados, uma vida desesperada

Que só muda com o calor da manhã anunciada

É por isso, que a Primavera é tão adorada

É de todas as estações a mais beijada

Alegre, sorridente, airosa, bonita perfumada.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

18
Abr21

Portas giratórias!

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Portas giratórias!

 

As portas giratórias não são só entre a política e os grupos económicos

Também giram entre deputados, juízes, académicos, políticos

Como foi muito bem explicado, no programa Sexta às 9, na RTP 1, de Sandra Felgueiras

Giram entre a Assembleia da República, as Universidades, onde fazem pareceres

São nomeados para o Tribunal Constitucional, Supremo Tribunal de Justiça

Entre dois pareceres, não vinculativos, o juiz escolheu o do Tribunal Constitucional

Já nem se dão ao trabalho de negarem a corrupção, esgrimem prazos de prescrição

Quem é que escolhe a data da acusação?

Pobre País, que votas em corruptos, mesmo depois de acusados!

Não te queixes das injustiças!

Porque não tens perdão.

 

 

José Silva Costa

 

  

 

  

 

16
Abr21

Campo!

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Campo

 

Vamos pelo campo verdejante

Saboreando o perfume andante

Colho uma papoila ardente

Para oferecer á minha amante

Guardo cada instante

Bem acomodado na minha mente

Como se fosse uma semente

O campo está florido, fortemente

O sol queima-o, e ele não sente

Um campo atapetado de gente

Que sorri, mas o calor não sente

Corre alegre à sua frente

Uma criança com uma papoila florescente

Feliz, como se levasse o maior presente

Naquelas delicadas mãos estava um mundo efervescente

Um futuro colorido levado pelo levante

Que Princesa tão fascinante!

 

José Silva da Costa

 

 

 

 

 

 

13
Abr21

Papoilas

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Papoilas

 

Papoilas ao vento

Chamam o momento

Primavera em movimento

Com as andorinhas no centro

A Primavera beija o vento

As bonitas searas dão alento

Delas depende o sustento

Dentro delas há vidas em andamento

Os ninhos das perdizes são um encantamento

Em breve, cada fêmea com o seu agrupamento (cerca de 12 filhotes) 

Esvoaçam entre as espigas douradas ao relento

Parecem papoilas ao vento

É a dura luta pelo alimento

A Primavera é um grande evento

A Natureza faz o desfile pela passadeira adentro

Tudo se renova e veste para o abrilhantamento

Para o recomeço de um novo ano sem entendimento

Do que se está a passar no firmamento

Do que sentimos cá dentro.

 

José Silva Costa

 

 

09
Abr21

Sol

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Sol

Na madrugada perfumada

É cada vez mais cedo a tua chegada

Todos os dias apareces de cara lavada

Vais subindo com a alvorada

Distribuindo calor e amor

A toda a humanidade

Sem exceção nem vaidade

Vais iluminando o campo e a cidade

A uma grande velocidade

Aqueces tudo, até a amizade!

Produzes eletricidade

Amadureces os frutos e a mocidade

Encantas a beleza, sem idade

Só as nuvens te impedem de beijares a novidade!

Têm ciúmes da tua popularidade

Mas, também querem mostrar a sua bondade

Fazendo valer a sua utilidade

Lavando as nuvens da saudade

Tirando-te o véu de vez em quando

Deixando passar alguns dos teus radiosos raios

Para limparem a má fama

De nuvens negras.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

03
Abr21

Silêncio & Movimento

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Silêncio e vida

No doce silêncio há uma angústia lá dentro

Para onde foi o habitual movimento?

A Primavera, felizmente, contínua exuberante

Com as suas cores e cheiros

Mas as ruas continuam sem gente, nem movimento

Até o sol e a lua perguntam

Para onde foram as pessoas, que vestiam a rua?

Tão deserta e nua, parece, para sempre, abandonada

Sem cor, sem amor, despida

O equilíbrio possível, entre o silêncio e a vida

Parecem depender do nosso comportamento

É o que nos impõe este momento

Temos saudades do movimento

Mas, saboreamos o silêncio

Queremos, sempre, tudo ao mesmo tempo

“Sol na eira, chuva no nabal”

O que é que queremos, afinal!

Não sabemos. Só estamos bem onde não estamos

Dizemos querer defender o ambiente

Mas, queremos investimento

Mesmo que destrua o ambiente

Vamos ter de decidir, o que é que queremos.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

01
Abr21

Abril!

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Abril

 

Mês das papoilas, da Páscoa e da Liberdade

Primeiro de Abril, dia das mentiras

Uma tradição sem idade

Chegaste numa noite de vento, poeiras, chuva, tempestade

Este ano, numa quinta-feira Santa, há uma eternidade

Há quem esteja há um ano sem liberdade

Para não ser contaminado, nem contaminar a sociedade

À espera de dias de verdade

Porque há um ano que perderam a mocidade

Estamos todos com medo da realidade

Porque o futuro está muito escuro

E, o nosso comportamento, como vai ser, no futuro?

Depois de tanto tempo atrás do muro

Não voltaremos, de um dia para o outro

Com o mesmo à vontade tocar no outro

Faremos a mudança, num sopro!

 

Uma Páscoa feliz para todos.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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