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cheia

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31
Dez20

2020

cheia

2020

Quiseste ser diferente

Quiseste incomodar toda agente

Quiseste assustar o Mundo

Quiseste alterar tudo, a fundo

Quiseste matar meio mundo

Quiseste, os idosos, levar contigo

Impuseste-nos um grande castigo

Andar de máscara, não beijar, nem abraçar

Nem um aperto de mãos podemos dar!

Quanto mais tempo é que isto vai durar?

O que nos vale é que vais acabar

Não há mal que sempre dure, nem bem que sempre perdure!

 

Um Feliz e Próspero Ano Novo para todos.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

30
Dez20

Estradas

cheia

Camiões

 

A estirpe inglesa

O vírus, o acordo da saída do Reino Unido da União Europeia, jogos políticos que tudo bloqueiam

Entre a Inglaterra e a França, no canal da mancha, quilómetros de camiões parados, destinos adiados

Consoada gelada, dentro dos camiões, na autoestrada

Parece que alguém anda a brincar com a rapaziada 

Que anda uma vida inteira a engolir estrada

As pistas, dum aeroporto, transformadas em “parque de camiões”

Autoestradas de camiões por essa Europa fora, a poluírem-na

Não seria preferível transportar as mercadorias, entre países, por caminho-de-ferro?

Utilizando os camiões só entre a fábrica e o caminho-de-ferro, e este e os clientes

Acabando com o inferno das autoestradas de camiões, nas autoestradas da Europa

Que esta pandemia nos traga um novo dia

Construam linhas férreas de alta velocidade, para passageiros e mercadorias, na Europa

Para reduzirem a poluição de aviões e camiões

Não falam todos os dias em descarbonização!

Mãos à obra.

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

29
Dez20

Os olhos

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Olhos

 

Na pandemia destes dias

Os teus olhos são guias

Com a boca e o nariz tapados

São os teus olhos que sobressaem

Que falam e te representam

Nesse foco que entra por mim dentro

Que me iluminam a todo o momento

Olhos da luz do firmamento

Que me embalam noite dentro

Baloiços do tempo

Que advinham o meu pensamento

Que são a minha luz e o meu sustento

São tão lindos os teus olhos!

No escuro desta pandemia, ainda brilham mais

A máscara veio-lhes dar, ainda, mais realce

No triste confinamento

São as mais belas flores ao vento

Livres como pássaros que pousam em todo o lado

O seu encandeamento é o um fado.

 

José Silva Costa

 

 

 

28
Dez20

Natal diferente

cheia

Natal diferente

 

Um Natal diferente

Sem filhos, nem netos

Cada um nos seus tetos

Sem beijos nem afetos

Não é tão cedo que voltamos aos projetos

Porque temos medo dos contactos

Quase nos arrepiamos quando nos tocamos

Quando voltarmos a podermos tocar

Vamos ter de nos adaptar

Porque este medo vai continuar

Havemos, muitas vezes, de hesitar

A ponto de nos fazer recuar

Com receio de que o vírus nos possa infetar

Esta pandemia vai levar muito tempo a passar

Não acredito em milagres

Só a ciência nos poderá salvar

Até lá, as máscaras e as distâncias vão-nos acompanhar

Por muito dura que seja a sobrevivência

Procuraremos, sempre, adaptarmos

Tem sido assim ao longo dos séculos

E assim, esperamos que continue a ser

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

27
Dez20

A estrela

cheia

A estrela

Chegou a Estrela da esperança

Escoltada

Gelada

Por todos, aguardada

Há muito desejada

Hoje, vai começar a ser administrada

Tanta esperança, nela, depositada

Foram muitos os esforços

Para que visse a luz do dia

Muitos parabéns aos Cientistas

Por mais esta conquista

Que a esperança resista

Porque a luz parece estar a chegar

Só temos de saber esperar

Em breve, começam a chamar-nos

Para a vacina levar

Depois é aguardar

Que tudo comece a resultar

Para que esta pandemia desapareça

E a alegria apareça.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

24
Dez20

Presente diferente

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A Consoada

Chegou o Natal

Um dia sem igual

Este ano, infelizmente, os avós não podem estar presentes

Para partilharem a felicidade dos netos, no ato de abrirem as prendas

Nos outros anos, também eles se sentiam crianças

Ao verem a alegria, que só o Natal cria!

A magia que, neste dia, invade o Mundo

As novas tecnologias conseguem recuperar um pouco dessa magia

Para os mais idosos é fantasia

Falta o calor, que só o contato físico consegue transmitir

O resto parece que é tudo a fingir

Mas, este ano, a prenda desejada é outra!

Uma vacina que faça com que nos voltemos a abraçar e beijar

Prendas inúteis, ninguém parece desejar

Este vírus veio nos mostrar

Quão frágeis continuamos a ser

Mesmo que tenhamos conseguido fantásticas conquistas

 Mas continua a haver tanto por fazer!

Acabar com a fome, as guerras, e um abraço Universal ver

 

José Silva Costa

 

 

 

21
Dez20

Ai o Natal

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Fiquem em casa

Aproxima-se o Natal

Um Natal, em casa, fechado

Por todo o Mundo, o confinamento é recomendado

Na Europa fecham-se fronteiras, proíbem-se voos

As infeções aumentam por todo o lado

Os mortos não param de aumentar

Os Governantes estão alarmados

Não sabem o que fazer

Com receio de perderem votos

Não proibiram as deslocações

Pedem às famílias para não se reunirem

Para abrirem portas e janelas, mesmo que esteja um frio de rachar

Para só tirarem as máscaras, para comerem

Para ficarem pouco tempo à mesa

Ao que isto chega!

Para manterem as distâncias

Enviam mensagens para os telemóveis

Rezam para que tudo corra bem

Na passagem de ano, puxão o travão de mão

Só espero que não seja tudo em vão

Acatem as recomendações

 Feliz Natal, para todos!

 

José Silva Costa

 

 

 

 

   

17
Dez20

O Consumismo

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Natal

O Natal tornou-se, numa data, só comercial

Fomo-nos esquecendo do acontecimento, que deu origem à celebração

Uma data tão Fraternal!

Como outra não há igual

Mas o consumismo veio-nos infernizar a vida

Quantas pessoas já vi angustiadas, por não terem dinheiro para as prendas!

Como se o Natal fosse uma troca de prendas

No frenesim das compras, cumprimentam-se com lábios brilhantes

Trocam palavras doces, como flores

No Natal, como em todos os dias, desejo a todos, saúde e amor

Como prenda, dou-vos as minhas simples palavras

Que tanto gostava, fossem capazes de afugentarem a dor

Já chega de indiferença

Neste Natal, faça a diferença

Procure que este seja a nascença

Do novo Homem que não, só em si, pensa.

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

14
Dez20

Bissexto

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O Mundo

O Mundo sempre foi conturbado

Ódios, amores, flores, rancores

Cada um a defender o seu quinhão

Muralhas, castelos, fossos, fortes

Cruzadas, guerras, religiões, multidões

Inquisições, fogueiras, livros, explosões

Medos, castigos, infernos, mutilações

Uma forma de amedrontar os vilões

Fomes, convoluções, êxodos, milagre

Migrações, emigração, terra prometida

Procurando levar a fome de vencida

Na procura de melhores condições de vida

Dentro do mesmo Continente

Em Continentes diferentes

Ninguém para as gentes

Que não consentem tantas desigualdades

Vidas paradas, por guerras

Políticos que passam o tempo a contar votos

Que não se importam com os mortos

Tantos séculos tortos!

Mas chegou o século vinte e um

Que alguma coisa mudou

As igrejas pediram perdão às crianças

E os escuteiros, também

Cinema, produtores, tenores, acabou a impunidade

Acabaram-se os favores

O racismo, essa praga sem fim!

Levou à interrupção de um jogo de futebol

Que só, no dia seguinte, o final foi possível ver

O 2020 parou o Mundo inteiro

 

Veio nos avisar que temos de mudar

A bem ou a mal

É preciso, a Natureza, respeitar.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

11
Dez20

11, de Dezembro

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11, de Dezembro

Tornaste-te, num dia, inesquecível!

Deste-me uma Rosa encantada

Há muito desejada

Foi em Dezembro, a sua chegada

Linda, encantadora, pura e perfumada

Muito frio, neve e geada

Prenda de Natal, para sempre, antecipada

 

Estrela brilhante a anunciar o Natal

Meu anjo encantado, meu futuro

Por ti, chorei e ri, perto e longe

Quando voltei, a mais bela flor sorria

 

O serviço militar roubou nos o convívio

Dos teus radiosos, primeiros, quatro anos

Guerra, palavra mais negra e trágica

Levaste-me, em flor, para longe do amor

Tanto calor, tantas saudades, tantas crueldades

Longos anos, meses, dias, minutos. Tanta dor!

 

José Silva Costa

 

 

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