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cheia

cheia

28
Jul18

Uma vez na vida!

cheia

Eclipse

 

Minha princesa da noite

Companheira de sempre

Que venero nas noites de insónia

Com quem partilho os sonhos

Que se esfumam antes de abrir os olhos

Ontem chegaste diferente!

Conquistaste a atenção de muita gente

Por ti, fiquei muito contente

Foram momentos de muita euforia

Mau grado a sabedoria

De que o momento, para ela, não se repetiria

Vinhas com as faces afogueadas

Como se as fases fossem rosadas

Minha Lua ensanguentada

De espectativa carregada

Já foste Lua-de-mel!

Agora, companheira iluminada

Espero, logo à noite, pela tua chegada

Para, de novo, a sós, continuarmos a caminhada

Sem a confusão da multidão

Que ontem me roubou a tua atenção

Tive momentos de agonia!

Ciúmes, porque toda a gente te queria

E do que a multidão, de ti, dizia!

Alheios ao meu sofrimento

Beijaram-te, só, naquele momento

Enquanto eu nunca te esqueço

Durmo contigo, todas as noites

Bem agarradinhos, tenho medo de te perder!

Não vá o nosso luar, um dia, não amanhecer.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

21
Jul18

As estrelas

cheia

Tão longe do Sol, tão perto de ti

Não quero perder o Sol, que há em ti

Meu Astro de luz e calor, meu amor

Em ti toda a luz sorri, que eu bem vi

Não é só nos teus bondosos olhos!

Os teus cabelos, esguios, são rios

De luzes, de estrelas, de luas violetas

Que tanto encantam as noites das borboletas

Quando nos abraçamos e voamos por todo o Mundo

Como se aquele momento fosse o nosso último segundo

E, de repente, acende-se não sei que vento

Que nos acorda e faz voltar à realidade

Continuamos abraçados, mas preso à terra

Sem asas, no meio de multidões, sem ilusões

Em que as únicas estrelas são teus cabelos enleados nas manhãs.

 

José Silva Costa

 

 

 

14
Jul18

Sul, sem sol!

cheia

Mulheres

 

Jovens, crianças, bebés

Filhas de reis, condes, viscondes

Sentenciadas à nascença

Deserdadas de bens imóveis

Enclausuradas em conventos

Dos quais nunca tinham ordem de sair

Enclausuradas em bebés, crianças, jovens

Contactos com o exterior, só através do parlatório

Casavam com Cristo, entregando o dote ao convento

Setenta e tal anos de isolamento (Mariana)

Foi uma eternidade de casamento (sozinha)

As mulheres têm toda a razão para se sentirem indignadas

A História tem-lhes pregado cada partida!

E têm de continuar a lutar

As mentalidades levam muitos séculos para mudar

As mulheres, o Mundo, continua a discriminar

No convento de Nossa Senhora da Conceição, em Beja

Formaram-se como que dois clubes

Umas veneravam um Santo, outras, outro

A rivalidade, por vezes, levava-as a vias de facto

Aqueles longos corredores assistiram a muitas dores

Cada grupo concentrava todas as energias e dinheiro em embelezar o andor do seu Santo

Para que, aquando das procissões, lhes chegassem ecos, de qual o andor mais bonito

Era uma maneira de libertar tanta energia reprimida

A adolescência, a mocidade, a vida

Todos os sonhos, todas as ambições, todas as paixões

Presas naquelas paredes, grades e tenções

A verem abrir e fechar aqueles portões, sem poderem agarrar as ilusões

Sepultadas vivas, sem liberdade para serem mães!

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

 

11
Jul18

O olhar

cheia

O Olhar

Cruzo o infinito com o olhar

Não te vejo do outro lado do mar

Levaste o meu coração

Fiquei com o teu, até nos voltarmos a encontrar

Toda esta água a separar-nos!

Vamos vencê-la, para nos voltarmos a amar

Não desesperes, porque a nossa força tudo vai vencer

O que nos separou vai esmorecer

O nosso amor vai florescer

Os nossos corações, quando se voltarem a ver

Vão vibrar até mais não puderem

Vamos todos os sonhos e flores colher

Juntos, juntos até todo o sol desaparecer

Só acordaremos quando a manhã amanhecer

Quando, a promessa, obtivermos

De que nada, nem ninguém nos voltará a separar

Seja terra, seja mar!

Nós vamos, para sempre, ficar

Unidos, como a terra com o mar.

 

José Silva Costa

 

 

 

 

 

 

 

03
Jul18

Beijos e abraços

cheia

O IP3

 

Há um ano, os incêndios ceifaram a vida a mais de uma centena de pessoas, o que levou com que os políticos e o país descobrissem o interior

Há um ano que todos os dias, todos os políticos visitam as zonas destruídas, distribuindo beijos, abraços e promessas, como se as pessoas não precisassem de mais-nada

Agora, finalmente, foi anunciada uma obra de 134 milhões de euros, mas só para o ano que vem: a reconversão do IP3

Uma estrada, cujos projetistas e todos os responsáveis, pela mesma, deveriam ser condecorados, pelo trabalho exemplar: a estrada da morte

Os grandes investimentos, no interior do país, são sempre muito escrutinados, pelos pensadores, que vivem na capital.

O mesmo não acontece quando se trata de enterrar milhões no futebol, como aconteceu com os novos dez campos de futebol, do euro 2004, que alguns nem sequer conseguem dinheiro para a sua manutenção, quanto mais para a amortização.

Quanto tive de ouvir e ler por causa do Porto de Sines, durante muitos anos apelidado de elefante branco!

Hoje considerado um investimento estratégico

Com a barragem do Alqueva, décadas e décadas de discussão, sem que alguém tomasse uma decisão

O mesmo está a acontecer com o aeroporto de Beja: a maior pista de aviação do país

Há dias serviu de recurso para a descolagem de um voo chater, que não conseguiu horário no aeroporto Humberto Delgado

Os passageiros reclamaram e com razão, mas espero, que um dia o aeroporto de Beja, ainda tenha uma solução feliz

E, pergunto,qual a razão para que Beja seja a única capital de distrito, que não tem uma autoestrada?

 Hoje, todos os oplíticos se dizem interessados em desnvolver o interior do país, projetos não faltam!

Mas, infelizmente, são só para ingles ver e caçar votos, porque as eleições estão à porta.

José Silva Costa

 

 

 

 

 

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