Famílias
Espírito Natalício
Está a chegar a época do ano, para muitos, a mais radiosa, para outros não tanto
Os costumes têm um peso e um poder, que, para muitos, pode ser um espanto
Muitas famílias, para o natal celebrarem juntos, todos os esforços são capazes de fazer
Podem ter de muitos quilómetros beber, mas o que interessa é comparecer
O ano, nada valeria se, no Natal, não se pudessem ver
É por isso, que o espírito natalício faz com que atravessem Continentes, para poderem estar com os parentes
Mas, os tempos, novos tempos trazem!
Hoje, há muitas famílias separadas, e, infelizmente, vivem de costas voltadas
Quando poderiam, muito bem, viver como pessoas educadas
E o mais doloroso é que alguns utilizam os filhos como armas de arremesso
Chegando ao ponto de ter de ser decidido em tribunal, o tempo que cada progenitor pode passar com o descendente
E, este vive num espartilho, pelos dois, dividido
Nos momentos de lazer e convívio, os filhos dos casais separados, que vivem mal-humorados
Têm todos os dias, horas, minutos, segundos contados
No dia de Natal, por ser o mais especial, alguns têm de almoçar com um progenitor e jantar com o outro
Mas, por vezes, a muito mais são obrigados: ter de ouvi-los dizer mal um do outro, partindo-lhes o coração, porque, por ambos, têm admiração!
Viver com visitas cronometradas, sem poderem estar à vontade e o tempo que quiserem
Faz-me lembrar as visitas aos hospitais e cadeias, mal chegamos, somos avisados de que a visita terminou
Se não conseguirem fazê-lo todo o ano!
Ao menos, nesta época, deem as mãos e não façam, dos lares, cadeias
Para os pais, os filhos são sempre crianças, e estas, tal como os adultos, merecem todo o respeito, para que tenham uma vida feliz.
Boas Festas
José Silva Costa