21
Fev08
Cheias
cheia
Cheias
Na triste madrugada
Zibia e Sara levadas pela enxurrada
Na estrada inundada
Corria uma ribeira murada
Sem leito, nem margens
Só lhe restava a estrada
A ribeira corria magoada
No aperto, apertada, galgou a estrada
As irmãs estavam excitadas
No primeiro dia não podiam chegar atrasadas
Pagaram com as suas vidas
A ganância, a corrupção, a desenfreada construção
Autorizada nos leitos dos rios
Quem responde por sucessivas calamidades?
Deixaram cinco órfãos
Que triste sorte
A chuva trouxe a morte
Mais uma vez, e outra, e outra
Não temos emenda
Continuamos a votar em corruptos
Para presidentes de Câmara, e não só.
José Silva Costa