17/06/2017
A tragédia
O sol nascera, como em muitos dias de Junho, radioso
O dia corria normalmente, até que as chamas envolveram as populações
As lavaredas montadas nos ventos fortes, levavam tudo à sua frente
O fumo escondeu o sol, o dia tornou-se noite
Nunca ninguém tinha visto um a coisa assim!
Não deu tempo nem para decidir
Ficar, correr, fugir, que fazer!
Não havia tempo a perder
A quem recorrer, se as comunicações não conseguiam responder!
Abandonados à sua sorte, uns correram para a salvação, outros para a morte
Rodeados por um inferno de chamas, sem ninguém que lhes desse esperança
Alguns meteram-se nos carros para fugirem à morte
Mas a estrada era de má sorte
Tudo ficou queimado, e o alcatrão bem marcado
Sessenta e seis mortos!
Duzentos e cinquenta e três feridos!
Meio milhar de casas destruídas!
Que sejam sempre recordados
Que se faça tudo para que tragédias destas não se repitam
Sejamos mais programáticos
Acreditemos menos na sorte
Porque o vento Norte, pode trazer a morte.
José Silva Costa