O centenário
O centenário
Num século, duas guerras mundiais!
O Portugal Republicano, ao contrário da ditadura, não faltou à chamada
O Salazar preferiu o orgulhosamente só
Lutar contra o nazismo, ao lado da França, foi a fraternidade da esperança
O Estado Novo prendeu-nos de mãos e pés
A PIDE (polícia internacional de defesa do estado) era o GPS
Mas nem com todos os ferrolhos conseguiu fechar as fronteiras
A guerra colonial veio, tudo, alterar
Aqueles que tiveram a sorte de voltar
Ninguém, os conseguiu aqui segurar
Melhores condições de vida, tiveram de procurar
Foram para França, a salto
Cada vez que nos calham políticos, que se julgam salvadores da Pátria
Lá temos de saltar a fronteira
Hoje já não precisamos de ir a salto, porque, felizmente, não há fronteiras
O Retângulo é demasiado pequeno para tantas roubalheiras
Portanto, só nos resta deixar a família e os amigos
Tentar minimizar as suas asneiras
Guerras, invasões, migrações serão os destinos dos povos
Enquanto não forem capazes de fazer melhor!
Para todos os militares portugueses, que morreram ao serviço da Pátria, pelo Mundo fora
Uma sentida homenagem.
José Silva Costa