Primeiro de Maio
Primeiro de Maio de 2017
Sempre o mesmo dilema: o desequilíbrio entre o trabalho e o capital
Os trabalhadores, ao longo dos séculos, sempre foram explorados, trabalhando de sol a sol, para levarem para casa, um magro ordenado
Depositaram algumas esperanças nas novas tecnologias, mas foram goradas, porque quanto mais se avança, mais aumenta a insegurança
Atualmente, passam a vida a correr de emprego para emprego, sem tempo para comer, nem para, a família, ver!
Enquanto as empresas continuam a enriquecer, e os seus donos, meia dúzia, aumentam o seu poder, esmagando quem não lhes obedecer
É este desequilíbrio, que faz o Mundo tremer, deslocando milhões de pessoas, para, à fome, não morrerem
Cada vez mais as pessoas são bombardeadas, com novos produtos
Para fazerem aumentar o consumismo, criando necessidades, muitas delas evitáveis, mas que deprimem, quem não consegue acompanhar o seu desenfreado ritmo
Passados tantos séculos de progresso, alguns continuam como no início: sem casa, sem pão, sem futuro, analfabetos, mas a verem num telemóvel, o progresso de que nunca beneficiarão
Neste primeiro de Maio, e antes que o Mundo volte à escuridão, apelo aos políticos, que o têm na mão, que por uma vez tenham visão, para não cometerem o erro de criar mais sofrimento à multidão
A vida é muito curta, para tamanha acumulação!
Para que querem tantos milhões, se não têm tempo para os gastar?
Querem criar fundações para se eternizarem?
Não seria melhor não praticar tanta exploração, dando possibilidades de vida a quem não tem direito a viver, quanto mais pensar na eternidade?
José Silva Costa