A sala de visitas de Portugal
A sala de visitas de Portugal
A fresca, romântica e bela Sintra está um encanto
Ninguém consegue dar um passo, por haver tanta gente, em todo o canto
As filas são intermináveis, todos querem levar uma recordação da mais bela e pitoresca vila do mundo
Os travesseiros e as queijadas fazem os turistas sonhar
Os palácios estão sempre a abarrotar
Todos querem saber as peripécias de princesas, príncipes, rainhas e reis, que os habitaram
Ah! Se as fontes de Sintra falassem, tinham tanto que contar
Tanto enredo e segredo, que só elas e a lua presenciaram.
Em cada recanto um par romântico
A sondar a lua, a escutar a serra, comtemplar o Atlântico
Ninguém fica indiferente ao seu encantamento.
Soneto, de Luís de Camões, que se supõe, tenha sido inspirado na formosura da fresca serra de Sintra
A formosura desta fresca serra
E a sombra dos verdes castanheiros,
O manso caminhar destes ribeiros,
Donde toda a tristeza se desterra;
O rouco som do mar, a estranha terra,
O esconder do sol pelos outeiros,
O recolher dos gados derradeiros,
Das nuvens pelo ar a branda guerra;
Enfim, tudo o que a rara natureza
Com tanta variedade nos of`rece,
Me está, se não te vejo, magoando.
Sem ti, tudo me enjoa eme aborrece;
Sem ti, perpetuamente estou passando
Nas mores alegrias mor tristeza.