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29
Out16

O futuro, Nobel

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Bestseller

 

Sócrates lançou mais um bestseller

Desta vez, numa atitude de descentralização cultural

Pagou a excursão à capital

Trouxe gente de Vila Real

Para compor o palco do evento

Que neste segundo lançamento

Esteve mais negro que cinzento

Foi pequeno o ajuntamento

Ainda há quem resista a tanta mistificação:

Ministro, deputadas e deputados, candidata a Belém e os da UGT, também

Como os presentes são coniventes, aqui ficam os seus nomes:

José Sousa Pinto

Capoulas Santos

Maria de Belém

Carlos Silva

João Proença

Pedro Silva Pereira

Mário Lino

Paulo Campos

José Junqueiro

António Vitorino

Joana Lima

Isabel Santos

Cem mil euros, custou, a sua revisão!

Não há ponto final, vírgula ou ponto de exclamação

Que não tenha a sua ambição!

 

27
Out16

Aos fins de semana é portuguesa!

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A multinacional Dura Automotive, na Alemanha, conseguiu que o tribunal aprovasse o seu plano, para que pudesse substituir os trabalhadores alemães por portugueses, ao fim de semana, por os alemães recusarem as horas extraordinárias. 

" O plano da empresa diz que durante a semana a fábrica pertence à Dura Alemanha, ao passo que aos fins de semana a fábrica passa a ser Dura Portugal. A fábrica troca de mãos por dois dias, algo completamente novo."

Os trabalhadores alemães é que não estão nada contentes com os  trezentos portugueses,que foram para a Alemanha, para trabalharem só aos fins de semana.

Os sindicatos nada conseguem contra as poderosas multinacionais, que tudo conseguem dos tribunais! 

 

 

24
Out16

" A selva"

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“A Selva”

 

O campo de refugiados, em Calais, mais conhecido por “ a selva”, vai ser desmantelado

Já não era sem tempo. Como é que o Reino Unido e a França, países que se distinguem por receberem muitos imigrantes, conseguiram conviver com esta selva, durante tanto tempo?

Pode ser o fim de um sonho. Mas, nem todos os sonhos são realizáveis!

Tenta-se melhorar um pouco, a vida de não se sabe quantas pessoas (6.000 a 8.000)

Duzentos menores sem o acompanhamento de qualquer adulto: ao deus dará!

Vão ser entregues ao Governo britânico, espero que, agora, sejam acarinhados!

Todos queriam alcançar o Reino Unido, mas ele não os quer, que mais se poderia fazer?

Desejo que esqueçam o sonho e se integrem em França, fazendo como os portugueses, que tanto sofreram, para conseguirem uma vida digna.

A resolução do problema poderia estar na ajuda ao desenvolvimento dos seus países de origem. Mas, esse é outro sonho, que dificilmente veremos, realizado.

 

22
Out16

Mortos, mortos, mortos

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Refugiados

 

Mar azul laranja

Coletes de esperança

Não evitam milhares de mortos

A ansia de chegar aos portos

Mortos, mortos, mortos, mortos

Mar, não és salgado!

Mas ensanguentado

Por que te atiras ao mar, desesperado?

Por que arrisca a vida e o filho?

Num barco insuflado

Sem garantias nem futuro

Num mar tão escuro

Onde só vislumbras um muro

Duro, duro, duro, duro

Intransponível, insensível, invisível

Que te vai repudiar

Que não te vai ajudar

Que te vai matar!

Mas, tu continuas a sonhar

Na esperança de um olhar

De alguém que te possa ajudar

De alguém que ainda tenha coração

De alguém que te dê a mão

De alguém que pense que és irmão

Que qualquer lugar é chão

Onde podemos partilhar um pão.

 

 

 

19
Out16

Cativo

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Cativo

 

O país está cativo, quer dizer que o Governo não paga a ninguém, não contrata ninguém

Vai recorrer ao fiado, contando com a boa vontade dos fornecedores, que para o ano esperam receber, com juros de mora

Fecham escolas e adiam cirurgias, por falta de pessoal

Tudo para cumprir o défice. Assim, qualquer fazia!

Portanto, continuamos no país da brincadeira, do faz de conta, do, para inglês ver

O monstro continua por dominar, ninguém consegue, o défice, baixar, a não ser com maquilhagem. Como já não têm nada para vender, nem fundos de pensões para sacar, têm de recorrer à cativação

Quem é que querem enganar?

Cativem também a ida, todos os dias, aos mercados. Com a cesta na mão, lá vão com mais uma emissão de divida pública,que levam a leilão.

Foram hoje, porque amanhã, as noticias, podem não agradar

Será que o país etm folgo, para tanto juro, pagar?! 

 

 

 

 

15
Out16

A Senhora

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A Senhora corrupção

 

A senhora corrupção é a mais poderosa desta nação

Na sua confederação cabem todas as profissões:

Sucateiros, engenheiros, doutores, juízes, aprendizes e até robalos com vara de loureiro, para dar mais gosto ao cozinhado

A judiciária não tem mãos a medir: são faturas falsas, receitas falsas, cartas de condução falsas .......

São só esquemas para roubar e tentar, os outros enganar

De vez em quando este tema entra em ebulição

Obrigando os partidos a entrarem em ação

Prometem maravilhosas leis, cada um com a sua versão, mas até à data, nada

Quando aparece um deputado mais renitente, arranjam maneira de o expulsarem, para o estrangeiro

Este ano, nas comemorações do dia da implantação da República, o Presidente, tocou na ferida

“Há casos a mais e princípios a menos”

Mas, nem esquerda nem direita reagiram

Portanto, a Senhora corrupção pode estar descansada

Porque, por parte dos partidos, não lhe acontecerá nada.

Assim, vai continuar a ser a Senhora mais respeitada, mais admirada e mais adorada.

 

 

 

 

 

13
Out16

Lisboa

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Lisboa, quanto mais velha, mais rapariga

Nos meados do século passado

Atrasada, sem brilho, nem fachada

Fechada no orgulhosamente só

Eras uma capital sem atração fatal

Nada de genial: carroças, olarias, tabernas e pregões:

Quem tem trapos, garrafas ou jornais para vender

Quem quer figos, quem quer almoçar

Água fresca, água de Caneças

Oh freguesa venha cá abaixo ver isto

É sardinha vivinha da costa

Século, Diário da Manhã, República, Diário de Lisboa e Notícias

Por causa do pregão dos jornais, conta-se a seguinte anedota

Um compadre alentejano, depois de vender a cortiça, resolveu ir a Lisboa, depositar o dinheiro

Apanhou o comboio, quando se apeou no Barreiro, mal saiu, logo ouviu: cerquem o da cortiça

Pensando que o queriam roubar, voltou para o comboio, quando chegou a casa, contou o que lhe tinha acontecido.

As lavadeiras de Caneças

“Um lençol, um corpete, uma camisa, que a freguesa deu ao rol”

Com o aparecimento da máquina de lavar roupa, lá se foi a profissão

As lavadeiras ficaram sem o ganha-pão

As senhoras da fidalguia não trabalhavam, salvo raras exceções

Tinham criadas: uma, duas ou mais

Que viviam nas casas dos patrões

De quinze em quinze dias, ao domingo à tarde, tinham umas horas de folga, para poderem namorar

Como ninguém imaginava como seriam os futuros supermercados

Tudo lhes era levado a casa, pelos marçanos, carvoeiros, leiteiros, padeiros, ardinas, lavadeiras

Que rica vida, comparada com a de hoje!

Surgiu a televisão, a esferográfica, o metropolitano, o self servisse e muitas outras novidades

A esferográfica e a sua utilização: um advogado entrou num estabelecimento e gritou, “ com esta esferográfica já se podem assinar cheques e escrituras, foi publicado, hoje, no diário do governo. A caneta de tinta permanente, morreu”

Lisboa cresceu

A guerra levou todos os jovens ao ultramar

Os que voltaram não quiseram às suas terras voltar

Carris, PSP, GNR, comércio e indústria, nada de agricultura

Com as fronteiras fechadas, foram a salto para França, Suíça, Alemanha

Com as sus poupanças engordaram a Banca

Não faltavam anúncios, nas montras dos Bancos, anunciando a galinha dos ovos de oiro: as ações

Naqueles tempos, já o suplemento o Diário de Lisboa: a Mosca, lhes chamava, por palavras codificadas, os donos disto tudo

Porque neste jardim à beira mar plantado, tudo tinha de ser codificado, para que, pela PIDE, não fosse apanhado   (PIDE: polícia Internacional de defesa do Estado)

“ Da liberdade, só nos tinha ficado, a da avenida” ( Avenida da Liberdade)

Liberdade, liberdade, quanto sangue e lágrimas nos, fizeste, derramar!

 

 

 

José Silva Costa

 

 

 

      

 

 

 

09
Out16

A seca

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12/02/2005

 

A seca

O dia é de primavera

A noite de Inverno

A chuva não aparece

Tudo, com o frio, esmorece

Não há erva, nem trigo

As pessoas e os animais

Sob o mesmo castigo!

Que a água falte no verão

Já o Alentejo está habituado

Mas em pleno inverno

É arder no inferno.

Os ovinos e bovinos

Com os focinhos

Varrem os campos

Acariciam o chão

Tudo em vão

Morrem de fome

Naquela que era a melhor estação.

Os Montes outrora, caiados,

Estavam repletos de gente

Agora, todos, desboroados.

Nem a liberdade!

Com os seus progressos:

Estradas, água, luz

Conseguiu evitar a debandada

Porque chegou atrasada.

As modestas habitações

Completamente desventradas

Com as partes íntimas

Em exposição:

Ao vento, ao sol, à lua

Num silêncio estarrecedor

Ouvem-se as almas reclamar,

Porque a iluminação pública

Passa a noite a incomodar

Quem, em vida, só tinha o luar!

Que tristeza observar

As velhas pedras a chorar

Por não terem quem agasalhar:

Nem mulher, nem homem

Nem cão, nem gato, nem pardal.

Assusta, o barulho das oliveiras, sobreiras e azinheiras

A sonharem com uma gota de água.

 

 

José Silva Costa

 

07
Out16

Os gritos dos mortos

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Aleppo

Oiçam o choro das crianças

Acabem com os bombardeamentos

Procurem entendimentos

Já chega de dias sangrentos

Procuram-se movimentos

Que encham praças e centros

Que gritem bem alto

O choro das crianças

Acabem com as matanças

Não matem mais homens, mulheres e crianças

O que é que ganham com as vinganças?

Ponham de parte ódios e religiões

Abram os corações

O mais importante não são as nações

O mais importante são as pessoas e as suas condições.

06
Out16

Aleppo

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Aleppo

 

Que demónio te condenou?

A tua riqueza

Quem te cruzou?

Os deuses e todos os povos

É incompreensível o que está a acontecer

O mais certo é que vás desaparecer

Os teus filhos vão morrer

Ninguém o pode ou quer evitar

De que pedra é o coração dos que todos os dias te matam?

De quem não conhece a compaixão

E nós! Assistimos impávidos e serenos, sem sermos capazes de encher, com os gritos dos sitiados, as praças das grandes capitais.

 

 

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